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Dilma diz que Brasil vai bem, mas não é imune à crise

Para o governo, o Brasil está mais forte para enfrentar a crise. A presidente Dilma Rousseff disse que não vê motivos para frear o consumo. Foi um recado para tranquilizar quem compra e quem produz.

A presidente Dilma Rousseff foi muito objetiva. Disse que o Brasil está em situação bem mais sólida do que na crise de 2008, mas reconheceu que o país não está imune à turbulência. “Não vivemos em uma ilha”, disse a presidente. Ela afirmou ainda que, nesse momento, o Brasil precisa da ação de governo, de empresários e de sociedade. Dilma Rousseff criticou a agência de risco que mede a capacidade de um país de pagar suas dívidas e rebaixou a nota dos Estados Unidos.

“Não compartilhamos com a avaliação precipitada e um tanto quanto rápida, eu diria assim, não correta da agência que diminuiu o grau de valorização de crédito dos Estados Unidos, a Standard & Poor’s”, declarou a presidente.

Com os Estados Unidos e a Europa em dificuldades, o mundo todo fica em alerta. A presidente Dilma Rousseff diz que a economia brasileira vai bem, só que não é imune à crise internacional. O governo afirma que não vai deixar faltar crédito no mercado e quer que a população continue gastando, mas sem excesso.

“Não podemos nesse momento brincar, sair por aí gastando o que não temos. Temos de continuar consumindo o que estamos consumindo. Temos de ser, não temos de parar de consumir, porque não passamos por nenhuma ameaça. Mas temos de ter aquela posição de não acreditar que vivemos em uma ilha, isolados do mundo”, afirmou a presidente Dilma Rousseff.

O recado é para consumidores e empresários. A oposição cobra cortes nos gastos de dinheiro público. “Nós temos de cortar gastos inúteis. Os gastos de custeios no Brasil são muito altos. É aumentar a taxa de investimentos no Brasil. A oposição brasileira está pronta para ajudar, mas é preciso que o governo diga o que ele precisa”, acredita o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), vice-líder do PSDB no Senado.

“Por enquanto, não há uma medida de corte de gastos. Há, sim, de controle de gastos. O governo não pode gastar mais do que está planejado”, disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado.

Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os países avançados podem demorar a se recuperar da crise. Guido Mantega já avisou que, no Brasil, se preciso, serão tomadas novas medidas para proteger o mercado interno. Entre as metas, está evitar a guerra cambial: uma enxurrada de dólares que cria problemas e prejudica a competitividade das empresas brasileiras.

“Vamos voltar a tomar as iniciativas que possam debelar essa crise. Não vamos ter perda de emprego, não vamos ter perda de renda. Algum resultado sempre tem. Algum problema sempre nós vamos herdar, porém nós temos muito mais condições de superá-la sem problemas”, acredita o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A presidente Dilma Rousseff ainda fez um apelo aos líderes da Câmara e do Senado: quer que eles evitem que o Congresso aprove projetos que resultem em aumento de gastos. E são vários. Tem, por exemplo, projetos que aumentam os gastos com o Judiciário e policiais militares.

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