Na Paraíba, 42% dos 140 quilômetros de costa marítima encontram-se ameaçados pela erosão provocada pelo avanço do mar e, em decorrência disto, um dos principais atrativos do Estado, a Ponta do Seixas, corre o risco de desaparecer do mapa. Isso é o que apontou um estudo realizado pelo Ministério do Meio Ambiente. A analista ambiental da Gerência Costeira do Ministério, Márcia Oliveira, constatou ,também, que o mar sofreu recuo em 33% da costa e apenas 15% está em situação de equilíbrio.
Para os realizadores do estudo, a erosão pode resultar em destruição de imóveis, praias recreativas e vias urbanas. Para proteger a área em estado crítico da Ponta do Seixas, a Prefeitura Municipal de João Pessoa está elaborando um projeto que tem previsão de orçamento de aproximadamente R$ 14 milhões e deve ser concluído até o fim deste ano, abrangendo as falésias do Cabo Branco, Praça de Iemanjá e Ponta do Seixas.
O estudo apontou que entre as áreas em erosão destacam-se as regiões de Manaíra, Intermares, Jacumã, Praia de Campina e Praia Bela. Entre as causas apontadas pelo estudo estão os fatores naturais como a ausência de recifes, agravada pela ocupação irregular da região da praia e a mudança no curso dos rios, enquanto o recuo do mar pode ser melhor observado nas praias do Bessa, Camboinha, Baía da Traição e Barra de Mamanguape.De acordo com a analista ambiental Márcia Oliveira, a erosão e progradação (recuo) atingem o Nordeste principalmente por conta da costa mais rasa e mais vulnerável à elevação do nível do mar. Ela ressalta que as construções feitas nesse entorno alteram a dinâmica natural daquela área, mas não há como determinar quais os pontos em que a erosão é cíclica e os pontos em que esse processo pode ser irreversível. “O processo é natural, mas o homem pode aumentar ou interferir nesses processos”, explicou.
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Com Vitrine do Cariri
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