Um grupo de biólogos teve dois tipos de sentimento numa recente descoberta no Rio Madeira, no estado de Rondônia. O primeiro foi a felicidade em encontrar seis exemplares da espécie Atretochoana eiselti, anfíbio de corpo alongado, cilíndrico e de pele lisa que pertence à família das chamadas cobras-cegas. O segundo sentimento, porém, foi de surpresa e curiosidade. O animal, encontrado perto de uma construção no rio, em Porto Velho, chama a atenção por suas características.
O animal seria o maior anfíbio descoberto e sem pulmões até então (ele respira pela pele). Até a recente “descoberta” dos biólogos, apenas dois exemplares da espécie teriam sido vistos por especialistas.
Até hoje não existem informações detalhadas do animal, a exemplo da região em que habitam e quais são suas preferências em termos de alimentação.
Três dos sete animais encontrados foram devolvidos ao rio. Infelizmente, um morreu e os outros dois foram coletados para estudo. Os anfíbios foram coletados durante a secagem do rio.
O biólogo Julian Tupan, um dos responsáveis pela coleta e analista socioambiental da Santo Antônio Energia, destaca que a descoberta foi importante para saber onde, de fato, o animal vive. “Agora temos certeza de que esse animal está presente na bacia do Rio Madeira e no Pará”, comemorou.
Fonte: Diário de Pernambuco
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