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Rio Capibaribe sofre mais uma vez com a retirada de areia em seu leito


Depois de uma decisão monocrática por um desembargador do TJPE em quederruba a liminar do Juiz Dr. Tito Lívio e autoriza a volta das máquinas para tirar areia do rio Capibaribe, muitos começam a se questionar o que poderá acontecer de mais grave ainda no Rio Capibaribe.

Mais uma grande parte do rio estará morta, nestes próximos dias. Segundo Paulo André, proprietário da Fazenda Fieza, onde iniciaram a retirada de areia novamente, já está tomando as devidas providencias quanto ao acionamento da justiça para retirar as máquinas do leito do Rio Capibaribe, porém até lá, as coisas poderão ficar muito ruins.

Em informações enviadas por e-mail, o presidente do COBH – Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe, Ricardo Braga, acha que a questão poderá ser revertida, se não por razões legais de propriedade, pelo menos pelo argumento legal e técnico de órgãos oficiais que possam se pronunciar.

O presidente ainda ressalta a importância da preservação do local:

“Esta água que está guardada no lençol freático das aluviões do leito seco do rio Capibaribe, neste trecho até à cidade de Santa Cruz do Capibaribe, sendo já utilizada por quem precisa, particularmente em momentos de crise hídrica. Disto entendo e nisto me firmo. A escavação e dragagem do rio neste trecho afronta a segurança hídrica desta região, que possui um dos piores índices pluviométricos de Pernambuco. Estamos entrando em um período oficialmente de estiagem (até dezembro) e já está consolidada a forte seca, que neste momento praticamente exauriu o reservatório da represa de Poço Fundo e inviabilizou a continuação do fornecimento de água para a cidade de Santa Cruz.

As conclusões do Grupo de Trabalho criado pelo Comitê da Bacia do Capibaribe são claras. Tecnicamente não é adequado permanecer com a forma de exploração mecanizada que está acontecendo no local ao qual você se refere, não sendo necessário entrar em injunções políticas ou pessoais para essa constatação. Observo que do GT participaram em todas as fases técnicos indicados pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), CPRH, DNPM e UFPE.”

O fato é que a partir de agora providencias não apenas jurídicas precisam iniciar-se, conclamo a população a também fazer parte de um movimento em PROL DO NOSSO RIO CAPIBARIBE, antes que seja tarde de mais e gerações não muito distantes não tomem conhecimento do que de fato foi o Rio Capibaribe.

Fonte: Mala Política

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