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26 de abril - Dia da Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial: veja como a doença pode atingir os olhos


O assunto é tão importante que tem o dia 26 de abril como Dia da Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Essa luta contra a hipertensão arterial requer muita cautela justamente porque a doença pode afetar outros órgãos cruciais para o ser humano, como os olhos. Pacientes que se encaixam nessa condição possuem pré-disposição a desenvolver doenças como a pressão alta nos olhos. O Glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Informação que se justifica muito por dois motivos: a doença geralmente só é tratada quando a perda parcial da visão já foi instalada. E, além disso, mesmo com o diagnóstico efetivado, a não adoção dos cuidados básicos de tratamento podem agravar o quadro. No Brasil, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia afirma que existem quase 2 milhões de portadores, sendo que metade deste total desconhece estar com o problema.

O oftalmologista Arthur Frazão, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), destaca a importância de fazer exames periódicos para prevenir os efeitos causados pela doença. O grande problema é que a primeira indicação do glaucoma – perda gradativa da visão – aparece tardiamente, às vezes quando já não é possível fazer nada para evitar a cegueira. “Um sintoma precoce é o encurtamento da visão periférica. No entanto, a maioria das pessoas não percebe isso sem um exame específico. Sinais como embaçamento da visão e aparecimento de manchas de defeito do campo visual, por exemplo, levam bastante tempo para serem percebidos”, afirma. O diagnostico deve ser feito, então, com consulta rotineira ao oftalmologista. Alguns indivíduos precisam ter mais atenção ao problema por serem mais suscetíveis, como pessoas com histórico de glaucoma na família, portadores de pressão intraocular elevada, descendentes de africanos, diabéticos, hipertensos e portadores de miopia.

Quanto ao tratamento, algumas informações são fundamentais: não há cura, mas é possível controlar a pressão ocular com colírios ou comprimidos. “O objetivo é estacionar a progressão da doença, mas é fundamental que o paciente observe e siga atentamente as prescrições médicas, com o uso regrado destes medicamentos”, informa Dr. Arthur. Afinal, uma vez detectado, o glaucoma deve ser tratado durante toda a vida. Quando os colírios não baixam a pressão intraocular adequadamente e o paciente esta progredindo na perda visual, o recurso pode ser uma aplicação com laser ou cirurgia para abrir os canais de drenagem. Uma delas, com que o HOPE trabalha, é o Implante Express, que consiste na implantação de uma válvula para drenagem do líquido intraocular.

“Existem mais de quarenta tipos de glaucoma, porém o mais frequente é o de ângulo aberto, também conhecido por crônico, que representa aproximadamente 80% dos casos. O glaucoma neovascular, por sua vez, cujo maior índice é em pacientes com diabetes mellitus, é o mais difícil de tratar, pois apresenta pressões intraoculares muito elevadas”, esclarece o profissional, ressaltando que em 2014 foram diagnosticados, no HOPE, 17.760 pacientes com glaucoma e, em 2015, surgiram 9.098 casos suspeitos, totalizando 23.057 pacientes diagnosticados com glaucoma.

O que é o glaucoma? Trata-se de uma doença que danifica o nervo óptico podendo levar a perda parcial ou total da visão. À medida que este nervo é danificado, áreas cegas vão se desenvolvendo da periferia para centro da visão. É uma obstrução da passagem do humor aquoso, que não consegue sair do olho. A consequência é o aumento da pressão intraocular. Problemas no cristalino, trauma, diabetes e drogas podem levar à doença.

Informações da assessoria

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