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Dicas da Pediatra: Obesidade na adolescência

Dra. Viviane Valença - médica pediatra.
Obesidade é um problema comum e uma das doenças mais frustrantes de tratar. Excesso de peso na infância e adolescência é considerado preditor de sobrepeso no adulto, aumentando, também, a prevalência das doenças relacionadas à obesidade. Adolescentes obesos na idade de 10 a 13 anos têm uma probabilidade 70% maior de persistência da obesidade na vida adulta. Quando pai e mãe são obesos o risco de obesidade é de 80%; se apenas um genitor o for, o risco cai para 50% e se ambos são magros a possibilidade é de 9%.

Sua causa é multifatorial, podendo contribuir fatores genéticos, endócrinos, dietéticos, psicológicos, culturais e socioeconômicos. Estudos correlacionam o número de horas assistindo televisão como fator agravante da obesidade, mostrando um aumento de 2% na sua prevalência para cada hora a mais que se assiste TV.

Não há uma definição precisa aceita por toda a literatura para obesidade em adolescentes, inclusive pelas rápidas alterações de altura/ idade que caracterizam essa população.

Citando os índices mais usados:
  • Peso para idade: peso corporal 20% acima do peso ideal é considerado obesidade (falha por não levar em conta a altura).
  • Índice de massa corporal ou IMC ou Índice de Quetelet: peso corporal dividido pela altura ao quadrado. Esse é o método mais preconizado.
Adolescentes obesos que se tornam adultos obesos terão uma obesidade mais severa do que os que se tornam obesos já adultos. A obesidade está relacionada com:
  • Hipertensão Arterial
  • Hiperlipidemia (Colesterol e triglicéridos elevados) 
  • Doença Cardiovascular
  • Diabetes Mellitus não insulino - dependente (tipo II)
  • Apnéia do Sono
  • Doenças da Vesícula Biliar
  • Doença do Ovário Policístico
  • Artrite e Deformidades Esqueléticas
  • Problemas Psicológicos 
O tratamento da obesidade é difícil tanto para o profissional como para o paciente. Quanto mais jovem, mais difícil, por estar menos motivado. Adolescentes com obesidade mórbida (peso duas vezes maior que o normal) são de risco e devem sempre ser tratados. Se não houver outros fatores de risco, a obesidade torna - se clinicamente significativa acima de 20 a 30% do peso ideal para o sexo e idade. Neste ponto a mortalidade excede níveis normais. Em adolescentes que já apresentem diabetes não insulino- dependente, hipertensão e/ou hipercolesterolemia a perda de peso deve ser recomendada mesmo em graus leves de obesidade.

No tratamento estão incluídos dieta, terapia comportamental, exercícios, aconselhamento psicológico, envolvimento familiar, grupos de apoio (tipo Vigilantes do Peso).

O tratamento cirúrgico está indicado apenas nos adolescentes com superobesidade (IMC > 40 kg/metro quadrado) ou com risco de complicações graves.

Viviane Valença é Médica Pediatra e atende na Clínica Viviane Valença, localizada na Rua Dom Pedro I, Nº 64, Bairro Dona Dom, em Santa Cruz do Capibaribe - PE.
Telefone:(81) 3731-4430.

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