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Calor pode alterar o bom funcionamento do coração

As pessoas mais afetadas são aquelas que já apresentam insuficiência cardíaca, pacientes que já sofreram infarto, quem faz uso de medicamentos diuréticos e quem ingere pouco líquido.

Vasos se dilatam, corpo perde água, pressão arterial diminui e coração se esforça mais. Imagem: Envato.

Nessa época de Verão, muito se reclama do calor, principalmente em cidades grandes como o Recife. No último mês de fevereiro, por exemplo, as temperaturas na capital pernambucana ficaram entre 26°C e 31°C, em média. Mas o que muita gente não sabe é que o calor pode afetar sim o bom funcionamento do coração. Isso porque, com temperaturas mais elevadas, os vasos sanguíneos se dilatam para liberação de calor ao ambiente e o corpo perde água pela transpiração. Assim, a pressão arterial - que nada mais é do que a força exercida pelo sangue contra as paredes dos vasos - diminui, o que obriga o coração a se esforçar mais do que o normal para fazer o sangue circular.

Segundo o cardiologista e professor de Medicina da Faculdade Tiradentes (FITS), Nemer Tarraf, as pessoas que podem ter o coração mais afetado pelas elevadas temperaturas são aquelas que já apresentam insuficiência cardíaca. “Se o coração estiver mais fraco, ele vai ter uma dificuldade muito maior para aumentar o desempenho para bombear o sangue”, afirma o intensivista.

O médico acrescenta que pacientes que já sofreram infarto, quem faz uso de medicamentos diuréticos e pessoas que ingerem poucos líquidos, por exemplo, também estão suscetíveis a sofrer de algum mal como consequência do calor. Dentre os riscos, Nemer Tarraf pontua a possibilidade de uma simples perda de consciência, mas também de desenvolver alguma insuficiência renal ou sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

Hidratação e cuidados com exercícios ao sol

Para se prevenir, é importante manter a hidratação e evitar fazer exercícios que exijam muito esforço físico em períodos com muita incidência do Sol, além de ter em mente os grupos que têm um maior risco. De acordo com Nemer, as pessoas que já têm algum problema cardiológico prévio precisam se preocupar não só com o Sol, mas também com a intensidade e o tipo de exercícios físicos.

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